segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Abismo da loucura

Sinto a luz radiante do sol penetrar pela cortina do meu quarto, o dia parece perfeito. Ouço pássaros, crianças gargalhando. Pra mim, é só mais um dia... Sinto que rastejar é o meu caminhar... só quero dormir...mas nunca o sono tem sonhos... se desgastam na miséria do pensamento do meu coração... pobre, escravo da saudade não tem vintém... mendigo aquí e alí na esperança de encontrar o suficiente para por-me alerta... Mais um dia para fingir, no palco desse teatro escuro e frio chamado vida... viver brincando, fazendo brotar sorrisos dos lábios das pessoas ou arrancando boas gargalhadas e ser tachada de engraçada, sempre com as mãos no coração das pessoas amenizando a suas dores, fazendo-as esquecer por um momento com esse meu jeito louco de ser o seu desespero, solidão, depressão e fracassos ou mesmo a dores do amor a dor da rejeição ou a dor da doença, mas e eu? Eu fico aqui, gritando, pedindo socorro, ninguém pode ouvir... ninguém quer ouvir... Não há outro jeito, não quero pensar, nem cogitar outra possibilidade já que o fracasso anda de mãos dadas comigo. E assim decido pular, não sei o que há lá embaixo, sofrimento? dor? Liberdade... Ah liberdade! Não importa, já decidi, vou pular...


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